segunda-feira, julho 05, 2010

Ricardo Teixeira evita críticas à convocação, mas 'bate' em nervosismo de Dunga

Ricardo Teixeira concedeu entrevista um dia após demitir Dunga
Ricardo Teixeira concedeu entrevista um dia após demitir Dunga
Crédito da imagem: AFP

por ESPN.com.br


Um dia depois de demitir o técnico Dunga, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, deu uma entrevista ao 'Sportv' e evitou críticas diretas ao ex-comandante da seleção. O dirigente ainda confirmou que planeja anunciar um novo treinador antes do próximo amistoso do Brasil, diante dos Estados Unidos, em agosto. Ele ainda se esquivou das perguntas sobre os possíveis favoritos ao cargo, mas garantiu que não haverá surpresas e, em princípio, a idéia é que o escolhido comande também o time olímpico e seja exclusivo da seleção.

Ricardo Teixeira ainda citou a juventude das outras seleções do Mundial, entre elas a Alemanha, que vem apresentando um bom futebol e possui vários jogadores novos em seu elenco. No Brasil, só Ramires tinha menos de 23 anos, enquanto vários atletas possuíam mais de 30. Apesar disso, o dirigente evitou polemizar e criticar a convocação de Dunga.

Sobre a demissão após o fracasso brasileiro na África do Sul, Teixeira afirmou que esta é uma prática comum na CBF e que já ocorreu em todas as últimas Copas, mesmo nas conquistas de 1994 e de 2002. Segundo o dirigente, isto contribui para a renovação do trabalho na seleção brasileira. Desta vez, porém, o presidente afirmou que o projeto deve realmente ser a longo prazo.

"Ou formamos uma nova seleção, ou formamos uma seleção nova. Não tem opção! Vamos ter que fazer sacrifícios e talvez o resultado não venha logo no começo", afirmou Ricardo Teixeira.

A única 'cutucada' mais forte no ex-treinador da seleção ficou por conta de seu temperamento. Questionado sobre o comportamento intempestivo de Dunga, Teixeira disse que, como presidente da CBF, ele não poderia invadir o campo para bater no juiz porque isso interferiria no rendimento dos jogadores.

Além disso, o dirigente criticou o nervosismo brasileiro em campo após o gol de empate da Holanda no duelo das quartas de final. Para ele, o time ficou 'completamente fora do esquadro e tinha até zagueiro jogando de ponta de lança'.

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