quinta-feira, julho 22, 2010

O efeito Givanildo no Arruda

Givanildo comandou seu primeiro coletivo

Givanildo comandou seu primeiro coletivo

Gilberto [foto] ganhou chance ao lado de Brasão no ataque coral


Primeiro coletivo sob o comando do treinador mostrou mudança no espírito do elenco tricolor

Celso Ishigami - Diario de Pernambuco


Desde o aquecimento, já era possível perceber a mudança. Divididos em duplas, os jogadores do Santa Cruz, acompanhavam com olhares atentos a conversa de Givanildo Oliveira com os demais membros da comissão técnica. Pouco depois, o auxiliar Claudinho se abaixou, apanhou os coletes e começou a distribuí-los entre os prováveis titulares. Pronto. Do time que enfrentou o CSA/AL, saiu Jadilson para a entrada de Gilberto. Mas, a verdadeira mudança só seria observada quando a bola começasse a rolar.


A máxima de que a chegada de um novo comandante agita o elenco se fez valer uma vez mais. E não é para menos. Os jogadores que não vinham sendo aproveitados querem provar que merecem uma chance. Os titulares esperam mostrar os motivos pelos quais alcançaram a condição. No treino de ontem, no estádio Ademir Cunha, em Paulista, o elenco se doou como há muito não fazia. O principal reflexo do "efeito Givanildo".


O coletivo foi marcado por muitas divididas duras, algo raro de se ver em treinamentos. No momento de maior tensão, o meia Victor Hugo deixou o campo com um grande arranhão no lado direito do rosto, depois de conhecer as travas da chuteira do volante Mizinho de perto. "Foi um lance normal. Fomos dividir uma bola alçada na área e acabei levando a pior. Mas vale quase tudo", minimizou o garoto.


Mas não parou por aí. Brasão, Jackson, Osmar, Tutti. Jogadores experientes que estavam mais agitados do que de costume. Durante os 46 minutos do coletivo, ouviam-se gritos de orientações sobre as jogadas. As interrupções do treinador também foram frequentes. A todo instante, Givanildo pedia para alguém se posicionar melhor ou tocar a bola mais rápido. "Foi dentro do que eu esperava. Nem muito bom nem muito ruim. Normal para o primeiro coletivo. Ainda preciso observar melhor o grupo para saber as minhas opções", pontuou o técnico. "Por isso, vou fazer um novo coletivo amanhã (hoje)."


O gol - Durante o trabalho de ontem, o time titular apresentou uma postura diferente. Não que com Dado Cavalcanti o Santa Cruz fosse displicente, mas a atitude já é mais enérgica. O gol, no entanto, continuou teimando em não sair. No 4-4-2, os titulares criaram boas chances. Principalmente através de Jackson e Victor Hugo, mas nada de a rede balançar. A vitória só veio no final da tarde, quando o esquema já era o 3-5-2 (Luiz Eduardo entrou no lugar de Victor Hugo). Jackson cobrou escanteio da esquerda e o zagueiro Leandro Cardoso desviou no primeiro pau, sem chance para Baggio. No fim do treino, foi o atacante Gilberto quem resumiu melhor a mudança: "É o mesmo Santa Cruz, mas de cara nova."


O que muda...

Com a entrada de Gilberto


No ataque, Givanildo Oliveira espera ganhar um homem de referência na área adversária. Apesar de Jadilson normalmente exercer esta função, não conseguiu desempenhá-la na partida contra o CSA/AL. Talvez por ainda não estar no melhor de sua forma física, o jogador errou praticamente tudo na estreia do Santa Cruz na Série D.


No 3-5-2

O treinador espera melhorar o desempenho dos laterais Osmar e Paulo César, dando mais liberdade para os dois subirem ao ataque. Por outro lado, o time perde um pouco da dinâmica observada com a presença do meia Victor Hugo, que abre mais espaço no meio-campo para o veterano Jackson. Além do mais, os alas tricolores não vivem uma boa fase.


Arbitragem


A CBF divulgou ontem a escala de arbitragem para a segunda rodada da Série D. A partida entre Santa Cruz e Potiguar/RN, em Mossoró, terá um trio cearense. Wladyerisson Silva Oliveira será auxiliado por Francisco Carlos Feitosa da Silva e Francisco Rudson Rocha Aquino.

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