Aconteceu exatamente aquilo que a Fifa desejava, ontem, no primeiro dia de venda do último lote de ingressos para a Copa do Mundo. Gente que chegou na noite anterior aos pontos de venda e dormiu ao relento. Mas a entidade falhou na sua parte. Uma pane no sistema interrompeu as vendas durante várias horas, o que obrigou o secretário-geral da entidade, Jerome Valcke, a fazer um pedido formal de desculpas. Ao fim do dia, a Fifa anunciou que 60 mil dos poucos mais de 160 mil que ainda estavam em disponibilidade foram negociados.
O posto de vendas do distrito de Sandton foi um dos mais procurados. Apesar da decepção com o problema técnico que paralisou as vendas, o princípio de tumulto que ocorreu foi logo controlado com a chegada da polícia. Por volta do meio-dia, já calmos, os torcedores esperavam pacientemente o restabelecimento do sistema. A angústia era só por não saber se encontrariam o bilhete para o jogo desejado.
O contador Paul Thiri, de 36 anos, faltou ao trabalho para comprar uma entrada para a partida entre Argentina e Nigéria, no dia 12 de junho, no Ellis Park, em Johannesburgo. Ele chegou às 21h do dia anterior. Dormiu na fila. "Vai ser um grande jogo, talvez o melhor da primeira fase. Mas se tiver ingresso de algum jogo da África do Sul, eu também compro", disse.
Já as adolescentes Nasreen Badat e Naadyia Davids estavam interessadas em bilhetes dos jogos Portugal e Costa do Marfim, dia 15, em Port Elizabeth, e Brasil e Portugal, dia 25, em Durban. Por que dois jogos dos portugueses? "Por causa do Cristiano Ronaldo", disse Naadyia.
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