segunda-feira, maio 31, 2010

Como antigamente, torcida fez festa


Bolas, cartazes, buzinas e muito saudosismo marcaram as arquibancadas do Estádio Ademir Cunha, em Paulista, que recebeu um público pequeno, mas apaixonado, para o jogo entre América x 1º de Maio. Lembrando os tempos áureos no futebol pernambucano, os torcedores da velha guarda do América, que quase foi o primeiro pentacampeão do Estado, fizeram questão de caprichar no apoio ao time.

No meio da torcida, dois irmãos saudosistas se destacavam pela euforia. Trata-se do presidente do clube, João Antônio Moreira, e do diretor financeiro José Amaro Moreira, orgulhosos por manterem uma tradição antiga na família. "Sou América desde que nasci. Sinto muito orgulho por minha família também ser", contou José Amaro, com o brilho nos olhos ao falar das netas, literalmente, americanas. "Minhas netas moram em Londres, mas torcem para o América. Têm até a camisa do clube", revelou, sem esconder a felicidade.


Mas se engana quem pensa que a torcida alviverde é composta apenas por admiradores do passado. A nova safra de "mequinhas", com presença até da torcida organizada, levou bandeirão para o campo e fez barulho para atrapalhar os adversários, sempre cantando amor ao clube, que agora tem sede própria em Paulista (antigamente, o clube era situado na Estrada do Arraial, no Recife).


A dedicação é tanta que um grupo de jovens criou um blog para divulgar notícias sobre o clube do coração. "Comecei a torcer porque moro próximo à sede. O interesse cresceu e criei o blog para aumentar a visibilidade do time", explicou o estudante Alan Lemos. E a página na internet rendeu o efeito esperado, tanto que, através de um intercâmbio entre amantes de futebol, o paraibano Laércio Ismar veio para o Recife apenas para prestigiar a partida do time alviverde. "Gosto muito de futebol e da história de times grandes que perderam a expressão. Admiro o América e vim para torcer mesmo", contou o radialista, responsável por organizar bolas e cartazes para animar a torcida local, que fez ecoar os gritos de "Ah, eu sou América" nas redondezas do estádio.

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