Segurança reforçada para o jogo de amanhã, em Caruaru

O juiz da 5ª Vara Civil de Caruaru, Marupiraja Ribas, que é responsável pelo Juizado do Torcedor na Capital do Agreste, organizou, na manhã de ontem, uma reunião com um oficial da Polícia Militar, um promotor, um delegado e representantes do Clube Atlético do Porto. A pauta do encontro era reforçar e organizar a segurança para o jogo entre o Gavião e o Leão, que acontece amanhã, às 17h, no Lacerdão. A providência foi tomada para evitar confusões, como as que foram registradas na partida da última quarta-feira, entre Central e Santa Cruz, quando um torcedor tricolor foi baleado por um alvinegro. Além das ocorrências, Ribas está preocupado com ameaças feitas por torcedores rubro-negros. “Eles disseram, na internet, que matariam dois membros da torcida caruaruense”, disse o magistrado.

Após a reunião, o capitão da PM, Cleber Freitas, informou que o número do efetivo passaria de 180 para 200. Além disso, o oficial informou que a patrulha externa iria ocupar dois novos lugares, no viaduto que está sendo construído no final da avenida Agamenon Magalhães e o outro que dá acesso ao bairro da Cohab II, onde o torcedor do Santa Cruz foi baleado.

Além da ampliação do efetivo, as ruas Campos Sales, José Leão e São Paulo vão ser interditadas a partir das 9h de amanhã. Já o fluxo de veículos em alguns trechos da avenida Agamenon Magalhães vai ser interrompido a partir das 13h. Outra novidade é a escolta dos ônibus das torcidas organizadas do Sport. O capitão Freitas solicitou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanhe os torcedores desde a Encruzilhada de São João, na BR-232, até a entrada do estádio. “O transporte vai ficar parado na entrada. Os torcedores vão descer, serão revistados e, só depois, retornarão ao ônibus”, explicou o oficial da PM.

O juiz Marupiraja Ribas pretende com essa organização coibir a ação de vândalos que se infiltram nas torcidas. “Vamos dificultar o acesso de bebida, armas e crianças menores de dez anos sem a companhia de um adulto. Tudo para evitar incidentes e a ação criminosa”, argumentou.