terça-feira, março 30, 2010

Briga boa entre Cabense e Ypiranga pela quarta vaga


Time de Santa Cruz do Capibaribe subiu de produção com a chegada do técnico Neco
As três primeiras vagas do G4 do Campeonato Pernambuco já estão quase definidas. Caso o mundo não vire de ponta cabeça até o fim da primeira etapa, o Sport será o líder da competição, ladeado por Santa Cruz e Náutico, que devem travar um duelo protocolar pelas segunda e terceira colocações. Tudo conforme o previsto até aí. A disputa começa a ficar boa mesmo é pelo quarto e derradeiro lugar nas semifinais. Os dois principais candidatos têm trajetórias opostas neste Estadual: Cabense e Ypiranga.

A mistura de atletas jovens com outros mais experientes, e conhecidos pela qualidade de tratar bem a bola dentro de campo e de erguer copos fora dele, parecia que ia dar certo no time de Santa Cruz do Capibaribe. Não foi o que aconteceu. Nas primeiras quatro partidas, apenas um ponto somado.


O mau retrospecto derrubou o então treinador da equipe, Rubens Monteiro. Imediatamente, a Máquina de Costura melhorou, passou a conseguir bons resultados e está hoje a apenas um ponto do G4. De acordo com o vice-presidente do clube, Flávio Pontes, o sucesso do Ypiranga a partir daí tem nome: Neco. “No começo, a gente teve problemas com contusões e regularizações. Mas não nos desesperamos e mantivemos a base. Com a chegada de Neco, o time se encaixou e os resultados apareceram”, disse o cartola. O comandante prefere dar crédito aos atletas. “Eu acho que sou uma peça importante, mas o fundamental mesmo são os jogadores que transformam o que eu passo em atitude dentro de campo. O grupo está de parabéns”, afirmou.


Outra medida importante foi segurar o ímpeto de atletas tidos como indisciplinados. Flávio Pontes revelou que não houve nenhum problema extra-campo. Algo digno de nota em uma equipe cuja principal estrela é o “bad boy” Rosembrik, por exemplo. “Aqui, nós temos a política de respeitar o ser humano. Nossa diretoria é muito atuante e procura sempre estar próxima aos atletas. O tratamento é cara a cara. Além disso, aqui dia 10 é dia 10. Fazemos a nossa parte e cobramos para que o jogador faça a dele”, declarou o cartola.


Com a Cabense, aconteceu o contrário do que se deu com a Máquina de Costura. O Azulão surpreendeu no início do campeonato e desde então se mantém no G4 da competição. Apesar disso, pode-se registrar uma leve queda no desempenho da equipe nas últimas partidas. É exagero falar em crise, mas a folga que havia para a concorrência já não existe mais: um ponto o separa do quinto colocado, o já citado Ypiranga.


Mesmo assim, o gerente de futebol Carlos Kila, um dos responsáveis pelo sucesso da equipe, prega serenidade. “Não estamos preocupados. O time tem jogado bem, feito boas partidas. Se a gente estivesse perdendo os jogos com más atuações, aí sim, seria motivo para preocupação. Estamos tranquilos em relação ao trabalho desenvolvido”, disse.


O dirigente também considerou a tabela favorável para a agremiação do Cabo de Santo Agostinho. “Nós somos a única equipe que têm três das quatro partidas restantes dentro de casa. Além disso, nossos adversários pela vaga ainda têm confrontos diretos ou enfrentam mais de um time grande”, analisou. A única ausência do time sensação do primeiro turno é o atacante Eduardinho, negociado pelo Vitória (seu clube de origem) com o Brasiliense.

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