quarta-feira, setembro 30, 2009

Jetep legitima mudanças no regulamento do Estadual

O Juizado do Torcedor de Pernambuco (Jetep) assegurou legitimidade na possível mudança de regulamento da Série A1 do Campeonato Pernambucano para a edição 2010, prevista para ser concretizada na reunião do Conselho Arbitral do dia 6 de outubro. A nova proposta – com pontos corridos e mata-matas nas semifinais e finais – foi acertada entre a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e 11 dos 12 clubes que disputarão a competição – a exceção é o Sport.

O Estatuto do Torcedor diz, no seu artigo 5º, que só pode haver alterações em um regulamento mediante “apresentação de novo calendário anual de eventos oficiais para o ano subsequente, desde que aprovado pelo Conselho Nacional do Esporte”, ou “após dois anos de vigência do mesmo regulamento”.

Apesar de o Campeonato Pernambucano de 2009 ter tido uma fórmula diferente da de 2008, o juiz Aílton Alfredo afirmou que a mudança do regulamento do ano passado se tratou de uma ação judicial à parte. Por isso, conta-se como se um mesmo modelo de disputa tivesse sido usado em dois anos.

“Essa mudança (para 2010) não precisa da aprovação do Jetep. José Joaquim (vice-presidente técnico da FPF) me consultou sobre o assunto e falei que a decisão tem de partir da Federação com os clubes. Em 2009 foi uma questão judicial, então se considera que passaram os dois anos necessários para a mudança do regulamento”, afirmou.

Na nova fórmula proposta, as equipes se enfrentam em jogos de ida e volta e os quatro melhores colocados se classificam para as semifinais (o 1º pega o 4º, enquanto o 2º se confronta com o 3º, em duas partidas). Os vencedores dos duelos se encaram na final da competição. O modelo segue os moldes do Campeonato Paulista e era defendido por Santa Cruz e Náutico para que fosse utilizado já neste ano.

Em 2008, a esdrúxula fórmula com quadrangulares e hexagonais foi bastante criticada, e a FPF assumiu o erro, propondo a mudança para o ano seguinte. Em uma manobra para poder passar por cima do Estatuto do Torcedor, a Federação teve o apoio do Jetep, que garantiu o novo regulamento, caso houvesse unanimidade na nova fórmula (a volta do sistema de turno e returno). Como Santa Cruz e Náutico não a aceitaram, foi alegado que a unanimidade era necessária apenas para a mudança de fórmula, e não para o novo modelo em si, sendo aprovada a proposta da FPF.

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