O time mineiro, que arrancara um empate por 0 a 0 em La Plata, foi dominado pela tensão na maior parte do jogo e caiu diante de um adversário que se mostrou organizado no sistema defensivo e que soube explorar falhas de marcação.
Campeão em 1976 e 1997, o Cruzeiro já havia sido derrotado na decisão de 1977 pelo Boca. O time agora terá de recuperar o ânimo e se concentrar no Campeonato Brasileiro, em que ocupa a parte de baixo da tabela de classificação.
Cruzeirenses demonstram nervosismo
A primeira boa chance veio aos 18 minutos, quando Ramires ganhou uma dividida erguendo o pé, mas errou o passe para Wellington Paulista, livre na área. O Estudiantes, fechado na defesa, dava pouco espaço. E o Cruzeiro contribuía para o sucesso da retranca ao não avançar seus laterais e insistir em bolas longas.
Estudiantes assusta em contra-ataques
Nos 15 minutos finais da primeira etapa, o panorama voltou a ser como no início: nervoso e com entradas duras. Houve até um início de desentendimento geral, depois que Verón mostrou não ter esquecido a cotovelada na Argentina e empurrou Ramires.
No segundo tempo, dois gols em 12 minutos
Logo aos seis minutos, a torcida no Mineirão explodiu de alegria. E graças a uma jogada que o Cruzeiro não havia explorado até então: em uma conclusão de longe. Henrique se deslocou, recebeu passe de Marquinhos Paraná e chutou. A bola desviou em Desábato e fugiu do alcance de Andújar: 1 a 0.
Os cruzeirenses ensaiaram um estilo de jogo de maior paciência, tocando a bola na intermediária de um lado para o outro. Mas a vantagem no placar durou apenas seis minutos. Num descuido da defesa, Cellay recebeu passe pela direita e cruzou à meia altura. Jonathan não alcançou, Fábio saiu em falso, e Fernández - dentro da pequena área - completou para a rede, empatando a partida.
Mineiros se perdem novamente
O gol devolveu o nervosismo ao Cruzeiro e fez cair o desempenho de alguns de seus jogadores. Ramires, que já não havia feito um bom primeiro tempo em sua despedida do clube, desapareceu de vez. Wagner, que sentiu uma lesão no tornozelo no início da partida, já não conseguia ajudar na articulação de jogadas e foi substituído por Athirson.
Aproveitando falhas na marcação, o Estudiantes passou a chegar com alguma facilidade à intermediária no ataque. Aos 23 minutos, Boselli recebeu passe, girou e chutou para defesa tranquila de Fábio. Quatro minutos depois, o atacante levou a melhor sobre o goleirão do Cruzeiro. Subiu sozinho na área, após cobrança de escanteio de Verón, e cabeceou no canto: 2 a 1. Com o gol, Boselli chegou a oito e terminou como artilheiro isolado da Libertadores.
O Cruzeiro ainda tentou pressionar o adversário e quase chegou ao empate por três vezes a partir dos 40 minutos. Na primeira, Thiago Ribeiro aproveitou o rebote em uma cobrança de escanteio e soltou uma bomba, acertando o travessão. Depois, livre na área, o mesmo atacante chutou por cima do gol. A chance derradeira veio nos pés de Thiago Heleno, que também pegou mal na bola. E a festa ficou mesmo com os argentinos.
Ficha técnica:
CRUZEIRO 1 x 2 ESTUDIANTES | |
Fábio, Jonathan, Leonardo Silva, Thiago Heleno e Gerson Magrão; Henrique, Marquinhos Paraná, Ramires e Wagner (Athirson); Kléber e Wellington Paulista (Thiago Ribeiro). | Andújar, Cellay, Desábato, Schiavi e Germán Ré; Braña (Sánchez), Verón, Enzo Pérez e Benítez (Juan Manuel Díaz); Gastón Fernández (Calderón) e Boselli. |
Técnico: Adilson Batista. | Técnico: Alejandro Sabella. |
Gols: Henrique, aos seis, Fernández, aos 12, e Boselli, aos 27 minutos do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Kléber (Cruzeiro); Verón, Braña, Cellay, Sánchez (Estudiantes). | |
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG) Data: 15/07/2009. Árbitro: Carlos Chandía (CHI). Auxiliares: Patrício Basualto (CHI) e Francisco Mondría (CHI). |
Nenhum comentário:
Postar um comentário